quinta-feira, 31 de outubro de 2013

PROFESSORES PARA A ERA DIGITAL

 

Nos últimos anos, as novas tecnologias e as redes sociais alteraram o cenário das relações humanas no mundo todo. E a sala de aula não ficou imune, pelo contrário, é um dos principais espaços onde essas provocações contemporâneas têm exigido transformações significativas.

O livro Educ@r – A (R)evolução Digital na Educação (262 páginas, R$ 49), de Martha Gabriel, aborda os desafios que essas mudanças apresentam para Professores e estudantes. A obra, da editora Saraiva, apresenta os impactos da revolução digital na sociedade e também coloca o tema dentro do ambiente Escolar.Em entrevista a Zero Hora, Martha, que é formada em Engenharia na Unicamp, tem pós-graduação em Marketing pela ESPM e é mestre e PhD em artes pela USP, defende a formação digital dos Professores para transformar a Escola.

Zero Hora – Pesquisas apontam que os Professores, no Brasil, ainda utilizam pouco as novas tecnologias em sala de aula. Mesmo adolescentes de baixa renda têm acesso a essas tecnologias muito mais em casa do que na Escola. Qual deve ser a principal ação do governo para acelerar esse processo na rede pública?
Martha Gabriel – As tecnologias digitais horizontalizaram o acesso à informação e têm modificado profundamente o aprendizado – tanto no que se refere à cognição como em seu modelo, que é muito mais descentralizado (o estudante tem na internet inúmeras opções de conteúdos para acessar além da Escola, do Professor e das bibliotecas) e personalizado (o ritmo de acesso e os tipos de conteúdos são determinados pelo estudante). No entanto, os estudantes têm abraçado o digital mais rapidamente do que as instituições de Ensino.
Acredito que a única solução para conseguirmos Professores e Escolas digitais é a Educação digital dos Professores. A disponibilização de tecnologias de acesso (wi-fi) e hardware de acesso (tablets, notebooks, laboratórios etc.) é desejável, mas não adianta nada se Professores não souberem como utilizá-las. É importante salientar que saber utilizar o ambiente digital na Educação não se refere apenas a saber como "operar” dispositivos mas sim, e principalmente, a saber como articular tecnologias e conteúdos digitais em conjunto com os analógicos de forma a aproveitar da melhor maneira possível esses ambientes para a Educação.

ZH – Muitas vezes, os Alunos conhecem melhor as novas tecnologias. Como o Docente pode tirar proveito dessa diferença?
Martha – Os jovens tendem a ter fluência maior com as novas tecnologias digitais. No entanto, essa fluência normalmente ocorre em um nível superficial. Eles usam essas tecnologias de forma a solucionarem problemas cotidianos, como estar em contato com amigos, jogar, buscar a informação que desejam, mas sem um conhecimento mais profundo.
O Professor, por sua vez, mesmo não tendo a mesma velocidade de adoção das novas tecnologias, tem maturidade e preparo para relacionar conteúdos e causar reflexão, que podem auxiliar os Alunos em suas atividades diárias. O Professor também pode conhecer tecnologias digitais, mas provavelmente não serão as mesmas que os Alunos conhecem bem. Isso é excelente e favorece a troca de conhecimentos e uso de habilidades com aprendizado mútuo.

ZH – Quais devem ser os limites nas relações entre Alunos e Professores?
Martha – Acredito que, de forma geral, seja muito complicado que Professores e Alunos sejam "amigos” nas redes sociais que frequentam, pois isso provoca uma sobreposição das vidas pessoais de ambos, o que pode não ser interessante para a relação profissional.
No modelo tradicional de Escola, existiam barreiras físicas que delimitavam naturalmente a relação Aluno-Professor. Na era digital, essas barreiras não existem e é essencial que o Professor determine quais limites devem ser mantidos. A melhor solução para isso normalmente é o Professor separar perfis pessoais e profissionais e se relacionar com os Alunos nos perfis profissionais.

ZH – No livro, a senhora apresenta o conceito de "troll”, relacionado àquele Aluno que desestabiliza o ambiente, com provocações que pretendem provocar conflitos. Como esse tipo de comportamento se diferencia do bullying?
Martha – Apesar do termo "troll” se popularizar com a internet, o comportamento "troll” é antigo e todo Professor conhece. O "troll” é aquele Aluno que atrapalha a aula, faz brincadeiras ou provocações para desestabilizar e gerar conflitos. Já o Aluno questionador, mesmo quando é desafiador, não tem comportamento provocativo.
Todo Professor já teve um Aluno "troll”, e a única maneira de lidar com eles é reverter o cenário e fazer com que ele perca a força perante os colegas que o apoiam. Já o bullying, que também é antigo e que já acontecia na sala de aula tradicional, é um comportamento agressivo em direção a uma pessoa – que normalmente são outros estudantes, mas que pode também, eventualmente, ser o Professor.
O "troll” atrapalha, mas normalmente não se vale de formas de violência e não é ilegal. Se antes esses comportamentos estavam confinados no ambiente físico da Escola e no horário das aulas, agora eles podem continuar depois do horário Escolar e invadir a casa das pessoas por diversas mídias – redes sociais, mobile etc.

ZH – A senhora diferencia hábitos e vícios digitais. Como os pais podem identificar quando a criança ou o adolescente ultrapassa essa linha tênue?
Martha – O ambiente digital traz consigo inerentemente novos hábitos e também novos vícios. No entanto, acredito que a diferença entre hábito e vício possa ser generalizada para qualquer tipo de comportamento. Enquanto os hábitos podem ser positivos ou negativos em relação ao modo como afetam as nossas vidas, eles normalmente não estão associados a crises de abstinência.
O vício, por outro lado, está sempre associado a comportamentos que causam efeitos negativos nas nossas vidas e vêm acompanhados de crise de abstinência. Acredito que, quando um novo comportamento surge na vida do filho – seja ele digital ou não –, o primeiro passo dos pais deve ser observar se esse comportamento em questão está causando efeitos bons ou ruins.
Se os efeitos forem ruins, pode ser um mau hábito ou um vício. Se o filho apresenta sinais de irritação quando afastado do comportamento e sente uma necessidade latente constante de retornar a ele, provavelmente está relacionado a um vício. É importante notar que, no caso dos hábitos digitais dos filhos, para um diagnóstico correto, muitas vezes os pais precisarão de ajuda.

Zero Hora – As novas tecnologias precisam ser incorporadas às práticas educacionais, mas são capazes de substituir a Educação tradicional?
Martha – Enquanto o ser humano tiver uma dimensão de vida offline, acredito que nada substitui a nossa experiência nessa dimensão. O online vem acrescentar uma camada digital no mundo e penso que é justamente a integração dessas duas dimensões – online e offline – que proporcionam as melhores experiências.

O digital sem o offline é manco, e o offline sem o digital é limitado. Assim, conforme as pessoas utilizarem cada vez mais a camada digital, precisaremos integrar as experiências nessas duas camadas, de forma transparente. No caso da Educação, as práticas tradicionais não são necessariamente substituídas, mas são, principalmente, modificadas e ampliadas pelo digital. Na minha opinião, a única forma de equacionar essa integração constante que se apresenta entre tradicional e digital é a Educação contínua dos Professores.

(*) Mestre e PhD em artes pela USP, defende a formação digital dos professores para transformar a escola
http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/
Fonte: Zero Hora (RS) - Martha Gabriel*

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Veja quais cidades do Cariri foram contemplnada com cheche.


O Distrito Federal e municípios de todos os estados brasileiros   tem ate final do  mês para solicitarem recursos ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) para a construção de creches do Proinfância em 2014. No total, 1.227 entes federativos – incluindo o DF – foram pré-selecionados para a edificação de 3.011 unidades de educação infantil.
Os gestores municipais devem cadastrar os pedidos no Sistema Integrado de Monitoramento, Execução e Controle do Ministério da Educação (Simec). Os projetos aprovados pela área técnica do FNDE receberão recursos para a construção das creches.
O FNDE disponibiliza às prefeituras dois projetos padronizados de escolas de educação infantil. O tipo B tem capacidade para 240 crianças em dois turnos (120 em turno integral), enquanto o tipo C atende 120 crianças em dois turnos (60 em turno integral).
Para capitais e grandes cidades, o FNDE também financia projetos de escolas de educação infantil desenvolvidos pelo próprio município – chamados de projetos tipo A –, desde que atendam aos padrões de qualidade exigidos pela autarquia.
Novos métodos – Para as creches do tipo B e C, serão utilizadas metodologias inovadoras de construção, que vão acelerar as obras e garantir durabilidade, qualidade e custos compatíveis com os preços de referência do FNDE.
Três metodologias diferentes de construção foram selecionadas em um processo licitatório realizado este ano pela autarquia para a construção das novas creches do Proinfância. Esses métodos trabalham com blocos pré-moldados que são montados no canteiro de obras.
O modelo de licitação centralizada traz algumas vantagens frente ao utilizado anteriormente, quando os municípios promoviam suas próprias concorrências. Agora, basta a prefeitura aderir à ata de registro de preços do FNDE e assinar contrato com a empresa vencedora da licitação em sua região para dar início às obras. Antes, os municípios levavam até seis meses para realizar a concorrência.
O processo licitatório centralizado permite ainda o ganho de preço em escala, à medida que as empresas vencedoras estabelecem preços para lotes com um numero grande de edificações. Fora isso, essas metodologias permitem que as creches estejam prontas em até seis meses. Pelo método tradicional, a construção pode levar de 12 a 18 meses.
Veja a lista dos pré-selecionados.
Escrito por  Assessoria de Comunicação Social do FNDE/adptado

Desvendando a espuma: o enigma da classe média brasileira

A primeira vez que ouvi a Marilena Chauí bradar contra a classe média, chamá-la de fascista, violenta e ignorante, tive a reação que provavelmente a maioria teve: fiquei perplexo e tendi a rejeitar a tese quase impulsivamente. Afinal, além de pertencer a ela, aprendi a saudar a classe média. Não dá para pensar em um país menos desigual sem uma classe média forte: igualdade na miséria seria retrocesso, na riqueza seria impossível. Então, o engrossamento da classe média tem sido visto como sinal de desenvolvimento do país, de redução das desigualdades, de equilíbrio da pirâmide social, ou mais, de uma positiva mobilidade social, em que muitos têm ascendido na vida a partir da base. A classe média seria como que um ponto de convergência conveniente para uma sociedade mais igualitária. Para a esquerda, sobretudo, ela indicaria uma espécie de relação capital-trabalho com menos exploração.
Então, eu, que bebi da racionalidade desde as primeiras gotas de leite materno, como afirmou certa vez um filósofo, não comprei a tese assim, facilmente. Não sem uma razão. E a Marilena não me ofereceu esta razão. Ela identificou algo, um fenômeno, o reacionarismo da classe média brasileira, mas não desvendou o sentido do fenômeno. Descreveu “O QUE” estava acontecendo, mas não nos ofereceu o “PORQUE”. Por que logo a classe média? Não seria mais razoável afirmar que as elites é que são o “atraso de vida” do Brasil, como sempre foi dito? E mais, ela fala da classe média brasileira, não da classe média de maneira geral, não como categoria social. Então, para ela, a identificação deste fenômeno não tem uma fundamentação eminentemente filosófica ou sociológica, e sim empírica: é fruto da sua observação, sobretudo da classe média paulistana. E por que a classe média brasileira e não a classe média em geral? Estas indagações me perturbavam, e eu ficava reticente com as afirmações de dona Marilena.
Com o passar do tempo, porém, observando muitos representantes da classe média próximos de mim (coisa fácil, pois faço parte dela), bem como a postura desta mesma classe nas manifestações de junho deste ano, comecei lentamente a dar razão à filósofa. A classe média parece mesmo reacionária, talvez não toda, mas grande parte dela. Mas ainda me perguntava “por que” a classe média, e “por que” a brasileira? Havia um elo perdido neste fenômeno, algo a ser explicado, um sentido a ser desvendado.
Então adveio aquela abominável reação de grande parte da categoria médica – justamente uma categoria profissional com vocação para classe média - ao Programa Mais Médicos, e me sugeriu uma resposta. Aqueles episódios me ajudaram a desvendar a espuma. Mas não sem antes uma boa pergunta! Como pode uma categoria profissional pensar e agir assim, de forma tão unificada, num país tão plural e tão cheio de nuanças intelectuais e políticas como o nosso? Estudantes de medicina e médicos parecem exibir um padrão de pensamento e ação muito coesos e com desvios mínimos quando se trata da sua profissão, algo que não se vê em outros segmentos profissionais. Isto não pode ser explicado apenas pelo que se convencionou chamar de “corporativismo”. Afinal, outras categorias profissionais também tem potencial para o corporativismo, e não o são, ao menos não da mesma forma. Então deveria haver outra interpretação para isto.
Bem, naqueles episódios do Mais Médicos, apesar de toda a argumentação pretensamente responsável das entidades médicas buscando salvaguardar a saúde pública, o que me parecia sustentar tal coesão era uma defesa do mérito, do mérito de ser médico no Brasil. Então, este pensamento único provavelmente fora forjado pelas longas provações por que passa um estudante de medicina até se tornar um profissional: passar no vestibular mais concorrido do Brasil, fazer o curso mais longo, um dos mais difíceis, que tem mais aulas práticas e exigências de estrutura, e que está entre os mais caros do país. É um feito se formar médico no Brasil, e talvez por isto esta formação, mais do que qualquer outra, seja uma celebração do mérito. Sendo assim, supõe-se, não se pode aceitar que qualquer um que não demonstre ter tido os mesmos méritos, desfrute das mesmas prerrogativas que os profissionais formados aqui. Então, aquela reação episódica, e a meu ver descabida, da categoria médica, incompreensível até para o resto da classe média, era, na verdade, um brado pela meritocracia. 
A minha resposta, então, ao enigma da classe média brasileira aqui colocado, começava a se desvelar: é que boa parte dela é reacionária porque é meritocrática; ou seja, a meritocracia está na base de sua ideologia conservadora. 
Assim, boa parte da classe média é contra as cotas nas universidades, pois a etnia ou a condição social não são critérios de mérito; é contra o bolsa-família, pois ganhar dinheiro sem trabalhar além de um demérito desestimula o esforço produtivo; quer mais prisões e penas mais duras porque meritocracia também significa o contrário, pagar caro pela falta de mérito; reclama do pagamento de impostos porque o dinheiro ganho com o próprio suor não pode ser apropriado por um Governo que não produz, muito menos ser distribuído em serviços para quem não é produtivo e não gera impostos. É contra os políticos porque em uma sociedade racional, a técnica, e não a política, deveria ser a base de todas as decisões: então, deveríamos ter bons gestores e não políticos. Tudo uma questão de mérito.
Mas por que a classe média seria mais meritocrática que as outras? Bem, creio que isto tem a ver com a história das políticas públicas no Brasil. Nós nunca tivemos um verdadeiro Estado do Bem Estar Social por aqui, como o europeu, que forjou uma classe média a partir de políticas de garantias públicas. O nosso Estado no máximo oferecia oportunidades, vagas em universidades públicas no curso de medicina, por exemplo, mas o estudante tinha que enfrentar 90 candidatos por vaga para ingressar. O mesmo vale para a classe média empresarial, para os profissionais liberais, etc. Para estes, a burocracia do Estado foi sempre um empecilho, nunca uma aliada. Mesmo a classe média estatal atual, formada por funcionários públicos, é geralmente concursada, portanto, atingiu sua posição de forma meritocrática. Então, a classe média brasileira se constituiu por mérito próprio, e como não tem patrimônio ou grandes empresas para deixar de herança para que seus filhos vivam de renda ou de lucro, deixa para eles o estudo e uma boa formação profissional, para que possam fazer carreira também por méritos próprios. Acho que isto forjou o ethos meritocrático da nossa classe média. 
Esta situação é bem diferente na Europa e nos EUA, por exemplo. Boa parte da classe média europeia se formou ou se sustenta das políticas de bem estar social dos seus países, estas mesmas que entraram em colapso com a atual crise econômica e tem gerado convulsões sociais em vários deles; por lá, eles vão para as ruas exatamente para defender políticas anti-meritocráticas. E a classe média americana, bem, esta convive de forma quase dramática com as ambiguidades de um país que é ao mesmo tempo das oportunidades e das incertezas; ela sabe que apenas o mérito não sustenta a sua posição, portanto, não tem muitos motivos para ser meritocrática. Se a classe média adoecer nos EUA, vai perder o seu patrimônio pagando por serviços privados de saúde pela absoluta falta de um sistema público que a suporte; se advém uma crise econômica como a de 2008, que independe do mérito individual, a classe média perde suas casas financiadas e vai dormir dentro de seus automóveis, como se via à época. Então, no mundo dos ianques, o mérito não dá segurança social alguma.
As classes brasileiras alta e baixa (os nossos ricos e pobres) também não são meritocráticas. A classe alta é patrimonialista; um filho de rico herda bens, empresas e dinheiro, não precisa fazer sua vida pelo mérito próprio, portanto, ser meritocrata seria um contrassenso; ao contrário, sua defesa tem que ser dos privilégios que o dinheiro pode comprar, do direito à propriedade privada e da livre iniciativa. Além disso, boa parte da elite brasileira tem consciência de que depende do Estado e que, em muitos casos, fez fortuna com favorecimentos estatais; então, antes de ser contra os governos e a política, e de se intitular apolítica, ela busca é forjar alianças no meio político. 
Para a classe pobre o mérito nunca foi solução; ela vive travada pela falta de oportunidades, de condições ou pelo limitado potencial individual. Assim, ser meritocrata implicaria não só assumir que o seu insucesso é fruto da falta de mérito pessoal, como também relegar apenas para si a responsabilidade pela superação da sua condição. E ela sabe que não existem soluções pela via do mérito individual para as dezenas de milhões de brasileiros que vivem em condições de pobreza, e que seguramente dependem das políticas públicas para melhorar de vida. Então, nem pobres nem ricos tem razões para serem meritocratas. 
A meritocracia é uma forma de justificação das posições sociais de poder com base no merecimento, normalmente calcado em valências individuais, como inteligência, habilidade e esforço. Supostamente, portanto, uma sociedade meritocrática se sustentaria na ética do merecimento, algo aceitável para os nossos padrões morais. 
Aliás, tenho certeza de que todos nós educamos nossos filhos e tentamos agir no dia a dia com base na valorização do mérito. Nós valorizamos o esforço e a responsabilidade, educamos nossas crianças para serem independentes, para fazerem por merecer suas conquistas, motivamo-as para o estudo, para terem uma carreira honrosa e digna, para buscarem por méritos próprios o seu lugar na sociedade.
Então, o que há de errado com a meritocracia, como pode ela tornar alguém reacionário?
Bem, como o mérito está fundado em valências individuais, ele serve para apreciações individuais e não sociais. A menos que se pense, é claro, que uma sociedade seja apenas um agregado de pessoas. Então, uma coisa é a valorização do mérito como princípio educativo e formativo individual, e como juízo de conduta pessoal, outra bem diferente é tê-lo como plano de governo, como fundamento ético de uma organização social. Neste plano é que se situa a meritocracia, como um fundamento de organização coletiva, e aí é que ela se torna reacionária e perversa. 
Vou gastar as últimas linhas deste texto para oferecer algumas razões para isto, para mostrar porquê a meritocracia é um fundamento perverso de organização social. 
a) A meritocracia propõe construir uma ordem social baseada nas diferenças de predicados pessoais (habilidade, conhecimento, competência, etc.) e não em valores sociais universais (direito à vida, justiça, liberdade, solidariedade, etc.). Então, uma sociedade meritocrática pode atentar contra estes valores, ou pode obstruir o acesso de muitos a direitos fundamentais.
b) A meritocracia exacerba o individualismo e a intolerância social, supervalorizando o sucesso e estigmatizando o fracasso, bem como atribuindo exclusivamente ao indivíduo e às suas valências as responsabilidades por seus sucessos e fracassos. 
c) A meritocracia esvazia o espaço público, o espaço de construção social das ordens coletivas, e tende a desprezar a atividade política, transformando-a em uma espécie de excrescência disfuncional da sociedade, uma atividade sem legitimidade para a criação destas ordens coletivas. Supondo uma sociedade isenta de jogos de interesse e de ambiguidades de valor, prevê uma ordem social que siga apenas a racionalidade técnica do merecimento e do desempenho, e não a racionalidade política das disputas, das conversações, das negociações, dos acordos, das coalisões e/ou das concertações, algo improvável em uma sociedade democrática e pluralista.
d) A meritocracia esconde, por trás de uma aparente e aceitável “ética do merecimento”, uma perversa “ética do desempenho”. Numa sociedade de condições desiguais, pautada por lógicas mercantis e formada por pessoas que tem não só características diferentes mas também condições diversas, merecimento e desempenho podem tomar rumos muito distantes. O Mário Quintana merecia estar na ABL, mas não teve desempenho para tal. O Paulo Coelho, o Sarney e o Roberto Marinho estão (ou estiveram) lá, embora muitos achem que não merecessem. O Quintana, pelo imenso valor literário que tem, não merecia ter morrido pobre nem ter tido que morar de favor em um hotel em Porto Alegre, mas quem amealhou fortuna com a literatura foi o Coelho. Um tem inegável valor literário, outro tem desempenho de mercado. O José, aquele menino nota 10 na escola que mora embaixo de uma ponte da BR 116 (tema de reportagem da ZH) merece ser médico, sua sonhada profissão, mas provavelmente não o será, pois não terá condições para isto (rezo para estar errado neste caso). Na música popular nem é preciso exemplificar, a distância entre merecimento e desempenho de mercado é abismal. Então, neste mudo em que vivemos, valor e resultado, merecimento e desempenho nem sempre caminham juntos, e talvez raramente convirjam. 
Mas a meritocracia exige medidas, e o merecimento, que é um juízo de valor subjetivo, não pode ser medido; portanto, o que se mede é o desempenho supondo-se que ele seja um indicador do merecimento, o que está longe de ser. Desta forma, no mundo da meritocracia – que mais deveria se chamar “desempenhocracia” - se confunde merecimento com desempenho, com larga vantagem para este último como medida de mérito.
e) A meritocracia escamoteia as reais operações de poder. Como avaliação e desempenho são cruciais na meritocracia, pois dão acesso a certas posições de poder e a recursos, tanto os indicadores de avaliação como os meios que levam a bons desempenhos são moldados por relações de poder; e o são decisivamente. Seria ingênuo supor o contrário. Assim, os critérios de avaliação que ranqueiam os cursos de pós-graduação no país são pautados pelas correntes mais poderosas do meio acadêmico e científico; bons desempenhos no mercado literário são produzidos não só por uma boa literatura, mas por grandes investimentos em marketing; grandes sucessos no meio musical são conseguidos, dentre outras formas, “promovendo” as músicas nas rádios e em programas de televisão, e assim por diante. Os poderes econômico e político, não raras vezes, estão por trás dos critérios avaliativos e dos “bons” desempenhos.
Critérios avaliativos e medidas de desempenho são moldáveis conforme os interesses dominantes, e os interesses são a razão de ser das operações de poder; que por sua vez, são a matéria prima de toda a atividade política. Então, por trás da cortina de fumaça da meritocracia repousa toda a estrutura de poder da sociedade.
Até aí tudo bem, isso ocorre na maioria dos sistemas políticos, econômicos e sociais. O problema é que, sob o manto da suposta “objetividade” dos critérios de avaliação e desempenho, a meritocracia esconde estas relações de poder, sugerindo uma sociedade tecnicamente organizada e isenta da ingerência política. Nada mais ilusório e nada mais perigoso, pois a pior política é aquela que despolitiza, e o pior poder, o mais difícil de enfrentar e de combater, é aquele que nega a si mesmo, que se oculta para não ser visto.
e) A meritocracia é a única ideologia que institui a desigualdade social com fundamentos “racionais”, e legitima pela razão toda a forma de dominação (talvez a mais insidiosa forma de legitimação da modernidade). A dominação e o poder ganham roupagens racionais, fundamentos científicos e bases de conhecimento, o que dá a eles uma aparente naturalidade e inquestionabilidade: é como se dominados e dominadores concordassem racionalmente sobre os termos da dominação.
f) A meritocracia substitui a racionalidade baseada nos valores, nos fins, pela racionalidade instrumental, baseada na adequação dos meios aos resultados esperados. Para a meritocracia não vale a pena ser o Quintana, não é racional, embora seus poemas fossem a própria exacerbação de si, de sua substância, de seus valores artísticos. Vale mais a pena ser o Paulo Coelho, a E.L. James, e fazer uma literatura calibrada para vender. Da mesma forma, muitos pais acham mais racional escolher a escola dos seus filhos não pelos fundamentos de conhecimento e valores que ela contém, mas pelo índice de aprovação no vestibular que ela apresenta. Estudantes geralmente não estudam para aprender, estudam para passar em provas. Cursos de pós-graduação e professores universitários não produzem conhecimentos e publicam artigos e livros para fazerem a diferença no mundo, para terem um significado na pesquisa e na vida intelectual do país, mas sim para engrossarem o seu Lattes e para ficarem bem ranqueados na CAPES e no CNPq. 
A meritocracia exige uma complexa rede de avaliações objetivas para distribuir e justificar as pessoas nas diferentes posições de autoridade e poder na sociedade, e estas avaliações funcionam como guiões para as decisões e ações humanas. Assim, em uma sociedade meritocrática, a racionalidade dirige a ação para a escolha dos meios necessários para se ter um bom desempenho nestes processos avaliativos, ao invés de dirigi-la para valores, princípios ou convicções pessoais e sociais.
g) Por fim, a meritocracia dilui toda a subjetividade e complexidade humana na ilusória e reducionista objetividade dos resultados e do desempenho. O verso “cada um de nós é um universo” do Raul Seixas – pérola da concepção subjetiva e complexa do humano - é uma verdadeira aberração para a meritocracia: para ela, cada um de nós é apenas um ponto em uma escala de valor, e a posição e o valor que cada um ocupa nesta escala depende de processos objetivos de avaliação. A posição e o valor de uma obra literária se mede pelo número de exemplares vendidos, de um aluno pela nota na prova, de uma escola pelo ranking no Ideb, de uma pessoa pelo sucesso profissional, pelo contracheque, de um curso de pós-graduação pela nota da CAPES, e assim por diante. Embora a natureza humana seja subjetiva e complexa e suas interações sociais sejam intersubjetivas, na meritocracia não há espaço para a subjetividade nem para a complexidade e, sendo assim, lamentavelmente, há muito pouco espaço para o próprio ser humano. Desta forma, a meritocracia destrói o espaço do humano na sociedade.
Enfim, a meritocracia é um dos fundamentos de ordenamento social mais reacionários que existe, com potencial para produzir verdadeiros abismos sociais e humanos. Assim, embora eu tenda a concordar com a tese da Marilena Chauí sobre a classe média brasileira, proponho aqui uma troca de alvo. Bradar contra a classe média, além de antipático pode parecer inútil, pois ninguém abandona a sua condição social apenas para escapar ao seu estereótipo. Não se muda a posição política de alguém atacando a sua condição de classe, e sim os conceitos que fundamentam a sua ideologia. 
Então, prefiro combater conceitos, neste caso, provavelmente o conceito mais arraigado na classe média brasileira, e que a faz ser o que é: a meritocracia.

Mestranda da UFRN, Lerena Brígida, 27 anos, morre em acidente de carro vindo de Recife



Foto: Facebook
Foto: Facebook
Um grave acidente acidenta com um carro Agile que seguia de recife (PE) para Natal, na BR-101, em São José de Mipibu, na noite desta segunda-feira (28), terminou com uma jovem morta e duas feridas, que já passam bem. O carro capotou várias vezes.
A pernambucana Lorena Brigida, 27 anos, morava em Natal, onde fazia mestrado na UFRN e era professora, vinha do final de semana na capital pernambucana.
O corpo está sendo velado na Funerária Santana, na Av. Hermes da Fonseca, durante esta manhã. Por volta das 15h, o corpo chega no Recife, onde mora a família, e será velado no Centro Santa Maria, com enterro no cemitério do Centro da cidade.

O Bolsa Família mudou sua vida e você mudou o Brasil!





Companheiros,
Hoje, 30/10, o Governo Federal comemora os dez anos do Bolsa Família – maior programa de transferência de renda do mundo e grande orgulho do governo petista. A cerimônia será transmitida ao vivo pelo site http://bolsafamilia10anos.mds.gov.br/, a partir da 11h, assista e faça parte desse momento histórico. No twitter e no facebook acompanhe as hashtags #BolsaFamília e #BolsaFamília10anos.
Nenhum programa de governo teve tantos resultados positivos no período de 10 anos quanto o Bolsa Família. A afirmação é forte, porém muito verdadeira. Os números provam que o Bolsa Família mudou, de fato, a condição de muitos brasileiros. Para se ter uma ideia, no decanato o Governo Federal investiu cerca de R$ 2,3 bilhões para o emprego do Índice de Gestão Descentralizada (IGD). Esse incentivo, repassado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), pode ser utilizado para gerir o programa do Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal nos estados e município. O índice serve como uma espécie de termômetro que analisa a qualidade da gestão do Programa e do cadastro de famílias de baixa renda.
“Os recursos podem ser usados em vários tipos de ação, mas precisam ser necessariamente aplicados na gestão do Bolsa Família e do Cadastro Único. Podem ser usados, por exemplo, na compra de um veículo para fazer busca ativa, no pagamento de internet para acessar os sistemas do MDS e da Caixa Econômica Federal e em investimento na qualificação profissional de beneficiários”, explica o Coordenador-Geral de Gestão Descentralizada do MDS, Maurício Fleury Curado, ao hotsite #bolsafamilia10anos.
Os números, nesses dez anos, são animadores e um tanto emocionantes. Se o Programa não existisse, por exemplo, 36 milhões de brasileiros estariam ainda na extrema pobreza. Graças ao Bolsa família, 14 milhões de pessoas passaram a usufruir de direitos básicos que deveriam ser assegurados a todos os seres humanos. Com o programa Brasil Sem Miséria, foram 3,1 milhões de brasileiros superando a extrema pobreza e, no Brasil Carinhoso, aproximadamente 17 milhões.
Na educação, os resultados são consistentes. Os alunos do Bolsa Família têm índices de aprovação semelhantes aos da média nacional, além de terem menor taxa de abandono escolar. O programa reduziu 19,4% o índice de mortalidade infantil de até 5 anos. Foram 700 mil matrículas no Pronatec Brasil Sem Miséria e, 66% dos inscritos são mulheres. Consolidadas no papel de protagonistas de suas vidas e de suas famílias, as mulheres são titulares de 93% dos cartões. Os investimentos no Programa estimulam o crescimento de R$ 1,78 no PIB. Os números comprovam que a desigualdade financeira reduziu entre 15% e 20% nos últimos 10 anos.
Saiba mais dos acertos do Programa acessando a página http://bolsafamilia10anos.mds.gov.br/ e perceba que o Brasil e os brasileiros têm muitos motivos para comemorar!

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Enem: Candidatos podem consultar gabaritos




Já estão disponíveis para consulta, no Portal do Inep na internet, os gabaritos das provas objetivas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2013. Os participantes podem verificar as respostas das provas, aplicadas sábado e domingo (26 e 27 de outubro).
A divulgação dos resultados individuais está prevista para a primeira semana de janeiro, em data a ser divulgada.
Os participantes fizeram quatro provas objetivas (Ciências Humanas e suas Tecnologias, Ciências da Natureza e suas Tecnologias, Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, Matemática e suas Tecnologias) e a redação, que teve como tema "Efeitos da implantação da Lei Seca no Brasil". A exemplo do ano passado, os participantes terão acesso ao espelho da correção somente para fins pedagógicos.
A redação será avaliada por dois corretores independentes. A discrepância entre as notas de ambos não poderá ultrapassar 100 pontos — no ano passado, o limite era de 200 pontos. Se houver discrepância superior a 100, a redação passará por um terceiro corretor. Caso a diferença permaneça, o texto será submetido a uma banca de especialistas. Redações com discrepâncias maiores que 80 pontos entre as competências avaliadas também serão analisadas por um terceiro corretor.
Mais de cinco milhões de inscritos realizaram as provas do Enem 2013.
Acesso – O desempenho no Enem é utilizado como critério para o acesso a programas oferecidos pelo Governo Federal, tais como o Sistema de Seleção Unificada (Sisu) o Programa Universidade para Todos (ProUni), o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), o programa Ciência sem Fronteiras, além do Sistema de Seleção Unificada da Educação Profissional e Tecnológica (Sisutec).
O Sisu é um sistema informatizado desenvolvido e gerenciado pelo MEC para selecionar candidatos às vagas das instituições públicas de ensino superior que utilizam o Enem como única fase de seu processo seletivo. A seleção é feita pelo sistema com base na nota obtida pelo candidato no Enem e a nota de corte do curso escolhido.
Criado pelo governo federal em 2004, o ProUni oferece a estudantes brasileiros de baixa renda bolsas de estudos integrais e parciais (50% da mensalidade) em instituições particulares de educação superior que ofereçam cursos de graduação e sequenciais de formação específica. O número de estudantes beneficiados pelo programa já passa de 1,2 milhão.
O Fies já firmou mais de 1,1 milhão de contratos desde 2010. O programa financia de 50% a 100% dos encargos educacionais do estudante, de acordo com sua renda familiar mensal bruta e do comprometimento dessa renda com os custos da mensalidade. Podem requerer o financiamento estudantes regularmente matriculados em cursos de graduação não gratuitos com boa conceituação no Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes), oferecidos por instituições de educação superior participantes do Fies.
O Ciência sem Fronteiras foi lançado em 2011 e já concedeu mais de 54 mil bolsas para estudantes brasileiros em cerca de 40 países. A seleção é realizada por meio de chamada pública.
Criado em agosto deste ano, o Sistema de Seleção Unificada da Educação Profissional e Tecnológica (Sisutec) é destinado a jovens e trabalhadores que concluíram o ensino médio e buscam oportunidades de qualificação.
Assessoria de Comunicação Social do Inep 

Fórum Mundial de Direitos Humanos deve reunir 5 mil pessoas para debater enfrentamento às desigualdades

(Fonte: Agência Brasil)
(Fonte: Agência Brasil)
Em dezembro, cerca de 5 mil pessoas se reunirão em Brasília para debater a temática de direitos humanos. Elas participarão do Fórum Mundial de Direitos Humanos (FMDH), organizado pela Secretaria de Direitos Humanos (SDH) da Presidência da República em parceria com organizações da sociedade civil do Brasil e de outros países.
O evento, que ocorre entre os dias 10 e 13 de novembro e vai tratar dos avanços e desafios com foco no respeito às diferenças, na participação social, na redução das desigualdades e no enfrentamento a todas as violações de direitos humanos, foi tema hoje (23) de uma audiência pública na Comissão de Legislação Participativa da Câmara dos Deputados.
A ministra Maria do Rosário explicou que o fórum busca uma participação mais direta da sociedade na discussão de direitos humanos, geralmente tratada entre os governos e organismos multilaterais integrantes da Organização das Nações Unidas (ONU). Para a ministra, o caminho para a paz e o respeito à autodeterminação dos povos passa pela ampliação do debate sobre direitos humanos com o conjunto da sociedade. “Aqui [no fórum] nós buscamos uma participação mais direta da sociedade brasileira e mundial para pensarmos os desafios em direitos humanos que estão colocados para a contemporaneidade. Não só os Estados estão implicados nisso, mas a sociedade de um modo geral”, disse.
Para a ministra, o evento pode contribuir para que a sociedade brasileira discuta temas relevantes, entre eles a questão da segurança pública. Ela lembrou do caso do ajudante de pedreiro Amarildo de Souza, que desapareceu na comunidade da Rocinha, no dia 14 de julho, após ser detido para averiguação por policiais militares do Rio de Janeiro. Até o momento, o Ministério Público Estadual denunciou 40 policiais militares por participação na tortura e morte do ajudante de pedreiro.
“Nós precisamos de uma maior participação da sociedade na discussão desse tema. Há áreas em que o Estado não se renova por si”, discursou a ministra, que citou ainda o caso da irmã Dorothy Stang como um exemplo da violência sofrida pelas pessoas que defendem os direitos humanos. Dorothy Stang  foi uma freira norte-americana naturalizada brasileira que foi  assassinada, com sete tiros, no dia 12 de fevereiro de 2005 em Anapu, no Pará.  O assassino de Dorothy, Rayfran das Neves Sales, cumpre prisão domiciliar  e um dos mandantes do crime, o fazendeiro Vitalmiro Bastos de Moura, conhecido como Bida, foi condenado duas vezes a 30 anos de prisão pelo crime, mas sucessivos recursos anularam a sentença. Agora, o Tribunal do Júri de Belém do Pará terá de fazer novo julgamento.
A secretária executiva do FMDH, Patrícia Barcelos, disse que a expectativa é reunir pelo menos 5 mil pessoas nos diferentes espaços do evento. As inscrições de participantes ficarão abertas no site do fórum até o dia 9 de dezembro. A partir desta data, só serão aceitos novos participantes que se inscreverem no local do evento.
Além das conferências, debates e mesas redondas, também haverá uma feira do livro aberta a editoras, órgãos governamentais, organismos internacionais e produtores independentes que poderão se inscrever até o dia 31 de outubro. Patrícia lembrou que até o dia também estão abertas até o dia 10 de novembro inscrições para as pessoas que quiserem trabalhar como voluntários em ações voltadas para as áreas de mobilização, infraestrutura, temática, comunicação e cultura. “O evento é construído de forma colaborativa, temos desde grandes organizações internacionais até organizações com atuação localizada em pequeno municípios e toda e qualquer pessoa pode contribuir com o fórum”, disse.
As inscrições para a ocupação de vagas no acampamento do FMDH, que será montado no Pavilhão do Parque da Cidade Sarah Kubitscheck (Brasília-DF), podem ser feitas  até o dia 25 de outubro.
Autor: Agência Brasil
http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2013-10-23/forum-mundial-de-direitos-humanos-deve-reunir-5-mil-pessoas-para-debater-enfrentamento-desigualdades

Mercadante: recursos dos royalties não serão suficientes para cumprir meta de 10% do PIB para a educação

O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, disse hoje (25) que os recursos dos royalties do petróleo não serão suficientes para cumprir a meta de investimento de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para a educação nos próximos dez anos, como consta no Plano Nacional de Educação (PNE), em tramitação no Senado Federal. A área de Libra, a maior do pré-sal e de onde virá a maior parte dos recursos, atingirá o auge da produção nos próximos 12 anos. Segundo Mercadante, apenas em um próximo PNE será possível atingir a meta.
Em setembro, a presidenta Dilma Rousseff sancionou a lei que destina 75% dos royalties do petróleo para a educação e 25% para a saúde. O primeiro repasse, de R$ 770 milhões, deverá ser feito ainda em 2013; chegando a R$ 19,96 bilhões, em 2022, e a um total de R$ 112,25 bilhões em dez anos.
“A receita do petróleo é a melhor receita que nós podíamos ter. Mas Libra, que é a maior parte dessa receita, pelo menos nos próximos cinco anos, não terá produção. Então não resolve o problema dos 10% do PIB. Não é problema fiscal que está resolvido no Orçamento”, disse Mercadante.
Segundo o ministro, atingir a marca de investimento de 10% do PIB significam R$ 240 bilhões a mais de prefeituras, estados e União. “Não há uma fonte segura que garanta esse recuso”. Perguntado se a pasta tem outra fonte em vista, disse: “Penso nisso o dia inteiro”.
O PNE estabelece metas para a educação para os próximos dez anos. O plano tramita na Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) antes de ser votado em plenário. De acordo com ele, a estimativa é que Libra gere um acréscimo de R$ 20 bilhões em média por ano nos próximos 30 anos para a educação. “Daqui a 20 anos, provavelmente resolverá [os 10% do PIB], mas nesses primeiros dez anos não resolve”, diz Mercadante.
Autor: Agência Brasil

INVESTIMENTOS EM EDUCAÇÃO SÃO INSUFICIENTES, MAL DISTRIBUÍDOS E MAL GERIDOS, DIZEM ESPECIALISTAS



Mais investimentos e planejamento educacional mais qualificado são as chaves para que o Brasil possa avançar na educação, facilitando o crescimento econômico e o desenvolvimento. Essa foi uma das advertências feitas pelos quatro especialistas que participaram, na tarde desta quarta-feira (23), da audiência pública promovida pela comissão temporária especial destinada a debater e propor soluções para o financiamento da educação.

Educação Básica
Representando o Conselho de Secretários de Educação (Consed), o secretário da Educação e Cultura do Estado do Tocantins, Danilo de Melo Souza, afirmou que a prioridade deve ser aumentar os investimentos públicos na educação infantil, também conhecida como pré-escolar. Estudos já mostraram, frisou, que os investimentos na pré-escola proporcionam retorno muito maior que os investimentos no ensino superior.

Para o secretário, o país precisa de professores mais bem capacitados, com salários dignos e plano de carreira que torne a profissão atrativa. Ele disse que o piso salarial nacional precisa ser aumentando para atrair profissionais de ponta para a carreira.
- Investimento é colocar um bom salário para o professor que está na sala de aula. É preciso dar condições salariais para que esse profissional possa devotar-se aos estudantes – afirmou.

Danilo de Melo Souza ainda chamou a atenção para a necessidade de o Brasil "pensar a educação de maneira mais técnica” e suprapartidária, como um projeto de nação. Ele acredita que uma formação inicial sólida dos professores é um dos pontos-chave para a melhoria do ensino.

Como sugestões, o secretário apresentou a criação da chamada residência pedagógica, similar ao que já existe na formação dos médicos; ampliação dos investimentos em alimentação e transporte dos estudantes; aumento da jornada de aulas e a destinação total dos recursos provenientes da exploração do petróleo do pré-sal para o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).
- Se não tivermos educação básica de qualidade não teremos universidade competitiva no futuro – acrescentou.

Danilo ressaltou a importância de o estado brasileiro promover uma garantia nutricional mínima para que os estudantes tenham um padrão de nutrição adequado em seu desenvolvimento humano e escolar.
- Muitos estudantes brasileiros estão em situação de risco nutricional – disse.

Planejamento
O economista do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Waldery Rodrigues Júnior, informou que o Brasil tem 50,5 milhões de alunos na educação básica. Para ele, são necessários investimentos pesados nesse setor, para que a qualidade da educação e dos estudantes brasileiros aumente com o passar dos anos. Ele criticou os baixos investimentos e a má distribuição dos recursos públicos para a educação.
- Investimos pouco e gastamos mal – disse.

Segundo ele, 40% dos estudantes que terminam o ensino fundamental não sabem que "uma hora tem 60 minutos e não 100 minutos”. Waldery disse que a qualidade da educação está direta e brutalmente ligada à capacidade de crescimento econômico e desenvolvimento dos países.

Para o economista os Ministérios da Fazenda e do Planejamento são mais capazes de "revolucionar a educação” que o próprio Ministério da Educação, pois, em sua opinião, o setor precisa urgentemente de mais investimentos e melhor planejamento. Ele acredita que o Brasil, mesmo sem os recursos do pré-sal, já tem dinheiro suficiente para melhorar a educação de maneira contundente, o que falta é a decisão política para que esses recursos sejam redirecionados para onde são necessários.

Ele criticou o direcionamento de 46% do Orçamento da União para financiar a dívida pública e a Previdência, enquanto a educação fica com pouco mais de 3%.

Educação de qualidade
Por sua vez, o professor-pesquisador da Universidade de Brasília (UnB), Manuel Marcos Formiga, informou que o Brasil tem um dos maiores contingentes de estudantes do planeta e ainda se encontra entre as dez nações com maior número de analfabetos. Ele explicou que, além dos analfabetos totais, o país tem milhões de analfabetos funcionais e outros tantos milhões de analfabetos digitais.
- Falta planejamento educacional. O desafio para as próximas décadas é transformar crescimento econômico em desenvolvimento, quantidade em qualidade, e um dos principais instrumentos para que isso ocorra é a educação – pontuou.

Formiga entende que o país deve priorizar a formação superior na área de exatas, como as diversas engenharias, em detrimento da área de humanas. Atualmente, afirmou o professor, a cada 800 formados, apenas um se gradua em engenharia no Brasil, o que limita o avanço tecnológico e em inovação.

Mais investimentos
O editor-chefe da revista da Associação Nacional de Pesquisa em Financiamento da Educação (Fineduca), Juca Gil, reconheceu que o país tem diversos problemas de gestão e de malversação dos recursos públicos destinados à educação. Porém, ele sublinhou que, mesmo que esses recursos não fossem mal geridos ou desviados, ainda assim, o montante de recursos seria insuficiente para sustentar e ampliar um ensino público de qualidade.
- A União tem de entrar com mais recursos – afirmou.

Ele defendeu a aplicação de 10% do produto interno bruto (PIB) na educação, índice que atualmente gira em torno de 5%. Apontou ainda para a necessidade de as autoridades discutirem a prorrogação ou uma alternativa para o Fundeb, que terminará em 2020.

Revolução
O senador Cristovam Buarque (PDT-DF), relator da comissão, apresentou a proposta de uma "revolução republicana na educação”, que seria implantada em duas décadas. Para que isso ocorra, o senador disse serem necessários o aumento dos investimentos públicos, um piso salarial para os professores de R$ 9.500, reforma ou reconstrução das dependências físicas de todas as escolas e aquisição de equipamentos modernos.


A presidente do colegiado, senadora Ângela Portela (PT-RR), disse que já há um consenso sobre a necessidade de mais recursos e de melhor capacitação e valorização dos professores. A senadora disse que a comissão vai apresentar propostas concretas para que isso ocorra. Ela acrescentou que, tanto o Executivo quanto o Legislativo já estão trabalhando nesse sentido.

A reunião foi conduzida pela presidente do colegiado, senadora Ângela Portela, com o apoio do relator, Cristovam Buarque. Também participaram do debate os senadores Vital do Rêgo (PMDB-PB) e Ana Amélia (PP-RS) e as deputadas federais Fátima Bezerra (PT-RN) e Iara Bernardi (PT-SP).

A comissão especial, composta por dez senadores, foi criada em setembro por ato do presidente do Senado, Renan Calheiros, e foi instalada em 1º de outubro, com prazo de 90 dias para a conclusão dos trabalhos. Antes das exposições dos palestrantes, os senadores aprovaram o plano de trabalho da comissão, elaborado pelo relator.

http://www12.senado.gov.br/noticias- Fonte: Agência Senado

ROTARY CLUB DE GURJÃO

ROTARY CLUB DE GURJÃO
Realizou palestra e Reunião no dia 26 de outubro (Sábado) às 17 horas.

Tema:
Outubro Rosa: Câncer e Cidadania.

Palestrante:
Dra. Maria das Graças Vieira de Castro:
Professora médica da Universidade Federal de Pernambuco;
Titular mestre em medicina pela Universidade de São Paulo-USP;
Professora aposentada da Universidade Federal da Paraiba;
Ex coordenadora do Programa de Residência Médica Hospitalar do Hospital Universitário Alcides Carneiro;
Ex coordenadora do Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Universitário Alcides Carneiro;
Ex coordenadora do Núcleo de Tele-Medicina do Hospital Universitário Alcides Carneiro;
Especialista em Reprodução Humana;


Importante mensagem da palestrante : A vida só tem sentido quando reconhecemos que ela e finita.



segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Dança ajuda no resgate da autoestima dos estudantes

Com a dança, os jovens encontram uma forma de comprovar que são bons em determinada atividade, socializam emoções e atitudes e ganham disciplina (foto: arquivo de EM Silene de Andrade)Desde que passou a oferecer ensino em período integral, em 2006, a Escola Municipal Professora Silene de Andrade, em Goiânia, passou também a oferecer aulas de dança. Embora a novidade tenha encontrado resistência, no início, entre o público masculino, acabou por conquistar a maioria dos estudantes. O projeto é vinculado ao programa Mais Educação, do Ministério da Educação, de ensino em tempo integral.

“As alunas logo se adaptaram às aulas, já com o grupo masculino o processo foi um pouco mais lento”, diz o professor e coreógrafo Eurim Pablo, que participa do projeto desde o início. Ele explica que depois da adesão de alguns alunos, outros foram conquistados. Logo, um grande número de estudantes começou a dançar, o que provocou uma imediata transformação no grupo. “Alunos que não estavam bem nas demais disciplinas e eram considerados problemáticos logo viram a dança como uma forma de comprovar que eram bons em alguma coisa”, avalia. “Com a autoestima elevada, o senso de responsabilidade trabalhado, um professor que lhes dava voz, pois o corpo fala, eles se tornaram referência na escola”, destaca o professor, que também é aluno de mestrado em performances culturais na Escola de Música e Artes Cênicas da Universidade Federal de Goiás.

Para a diretora da instituição, Marlúcia Rodrigues Coutinho, as aulas de dança ajudam a resgatar a autoestima dos jovens, principalmente daqueles à margem da sociedade, em estado de risco. “Em consequência, eles passam a se cuidar, cuidar do outro, socializar emoções e atitudes, discipliná-las e viver tranquilos, embora com suas realidades”, analisa.

De acordo com Marlúcia, os estudantes sentem-se verdadeiros dançarinos. Muitos têm feito matrículas em cursos de dança oferecidos por instituições estaduais de artes, em busca da especialização na modalidade. “Alguns até já trabalham na área”, revela a diretora, que está há 26 anos no magistério e há oito na direção. Com licenciatura em educação artística e bacharelado em artes visuais, Marlúcia é professora de artes em todos os níveis.

Embora as aulas de dança sejam oferecidas aos 150 alunos que participam da jornada integral, eles não são obrigados a participar da parte prática da aula. Eles só dançam, efetivamente, quando sentem vontade, mas ninguém fica sem fazer nenhuma atividade. Quem não quer dançar pode participar de outras atividades propostas.
Ensaios — Os ensaios das coreografias com os alunos que participam de apresentações são realizados uma vez por semana, em aula específica. “Nesses ensaios, o grupo é observado para definir quem vai representar a escola em determinado evento”, explica Eurim Pablo. “De modo geral, todos entendem que não se trata de julgamento, pois várias são as questões levadas em conta no momento”, esclarece o professor. Isso engloba pontos como o tipo de evento, participação do aluno nas demais atividades propostas pela escola, dedicação às aulas e responsabilidade ao sair da escola.

Os grupos que ocasionalmente ficam fora de uma de uma apresentação sabem que terão uma próxima oportunidade. Há sempre o cuidado em explicar bem aos estudantes os porquês da não participação naquele determinado momento. Entretanto, quando a apresentação ocorre na própria escola, que dispõe de grande espaço, existe apenas uma regra: “Querer dançar”. Assim, não há um grupo de dança permanente. Os componentes variam de acordo com o local e o espaço onde ocorrerá a apresentação — na própria escola ou em mostras pedagógicas ou culturais. Também ocorrem convites de outras escolas ou de entidades particulares.

Religião — Há casos de pais que não permitem a participação dos filhos por entenderem que é algo não aceito pela religião que professam. “Esses pais são convidados a assistir a uma aula para perceber, na prática, que a ideia que fazem da dança é equivocada”, salienta Eurim Pablo.

Apesar de a estratégia obter sucesso em muitos casos, há pais que não autorizam os filhos a dançar. Esses alunos participam apenas da parte teórica da aula.

Fátima Schenini

Mercadante faz balanço positivo e reconhece “grande êxito” do exame

O ministro Mercadante, ao lado do presidente do Inep, Luiz Cláudio Costa, e do secretário executivo do MEC, Henrique Paim, afirma que sucesso é consequência da busca do aprimoramento (Foto: João Neto/MEC) Encerrados os dois dias de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2013, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, fez um balanço positivo neste domingo, 27. Em coletiva à imprensa em Brasília, o ministro afirmou que a realização do exame transcorreu sem incidentes graves.

“Foi um grande êxito. Não registramos nenhum problema que tenha prejudicado o exame. A gente aprende a cada ano e estamos sempre buscando aprimorar”, ressaltou Mercadante. “Muitas portas se abrem a partir deste Enem”, completou.

Ao lado do presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), Luiz Cláudio Costa, e do secretário executivo do MEC, Henrique Paim, Mercadante informou que o Enem deste ano registrou abstenção média de 29%. De acordo com dados preliminares do MEC e do Inep, 5 milhões de candidatos fizeram as provas este ano. Esta edição teve o número recorde de 7.173.574 milhões de inscritos.

O ministro comentou o tema da redação deste ano – Efeitos da implantação da Lei Seca no Brasil. Segundo ele, o tema dialoga bastante com a juventude e com as noções de cidadania.

Os gabaritos serão divulgados até a próxima quarta-feira, 30, na página do Inep na internet. O resultado final será divulgado na primeira semana de janeiro. O ministro ainda lembrou que, assim como no ano passado, os candidatos terão acesso ao espelho da correção para fins pedagógicos.

Monitoramento – Durante os dois dias de provas do Enem, o MEC e o Inep monitoraram todo o processo nas redes sociais. Neste domingo, 27, 12 jovens foram eliminados por postarem fotos nas redes sociais. Até o momento, 36 participantes foram eliminados por postarem fotos nas redes sociais, conforme prevê o edital.

Assessoria de Comunicação Social

Ouça exposição do ministro durante entrevista coletiva

Leia mais
Ministro aponta êxito no primeiro dia, sem registro de incidentes
Palavras-chave: Enem

domingo, 27 de outubro de 2013

No primeiro dia do Enem, 24 candidatos são eliminados por postar fotos nas redes sociais


No primeiro dia de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), 24 candidatos foram eliminados, até as 17 horas, por postarem fotos do exame em redes sociais. Os candidatos postaram, de dentro das salas de provas, por exemplo, fotos do cartão de resposta.

O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, não informou os estados dos estudantes desclassificados. Ele informou que a maioria pagou a taxa de inscrição. Os alunos concluintes da rede pública de ensino eram isentos do pagamento da taxa.

Outros candidatos podem ser eliminados por terem deixado a sala de provas com menos de duas horas após o início da prova, que começou às 13h (horário de Brasília), o que não é permitido. O Ministério da Educação ainda está apurando o número de estudantes que podem ser desclassificados por esse motivo.

Na noite de hoje, 96 mil candidatos sabatistas iniciam a prova em todo o país. No entanto, em 13 estados e no Distrito Federal, eles começarão às 20 horas (horário de Brasília). Isso porque nesses locais anoitece mais tarde por causa do horário de verão. A mudança no horário foi decidida ontem (25) após uma decisão do Tribunal de Justiça da 1ª Região. Nos demais estados, os sabatistas iniciaram a prova às 19h (horário de Brasília). Os sabatistas guardam o sábado por convicção religiosa, o que significa que só trabalham ou estudam após o pôr do sol.

No balanço do primeiro dia do exame, Mercadante informou que uma candidata, de 20 anos, entrou em trabalho de parto em Teresina (PI). Ela foi atendida no local por médicos e levada para o hospital. De acordo com o ministro, a jovem será mãe de uma menina. A estudante poderá fazer a prova em data posterior, ainda não definida, segundo Mercadante.

No total, o Enem tem 713 candidatas em todo o país que podem dar à luz durante o período das provas. O ministério entrou em contato com as secretarias municipais e fez um mapeamento dos hospitais próximos aos locais onde essas candidatas farão o exame. Além disso, há profissionais de saúde disponíveis nesses locais de prova.

No Sul do país, Mercadante disse que a aplicação da prova foi prejudicada por causa das fortes chuvas que afetam a região. Segundo ele, faltou luz em algumas escolas.

De acordo com levantamento do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), 22 mil candidatos conferiram o local de prova na internet uma hora antes do início do exame. Para o ministro, o dado é preocupante. Ele apelou para que os candidatos cheguem amanhã (27) aos locais de prova com antecedência e munidos do documento de identidade com foto e caneta preta, em material transparente, para preencher o cartão de respostas e fazer a redação.

Na avaliação do ministro, o primeiro dia de prova “teve excelente resultado”. Para ele, “é um grande desafio fazer um Enem para 7,1 milhões de candidatos”.

Neste domingo (27), além da redação, os candidatos fazem a prova de linguagens, códigos e suas tecnologias e matemática e suas tecnologias.


Agência Brasil

sábado, 26 de outubro de 2013

Projeto desenvolvido: Ìndice de Câncer no município de Santo André - PB




Na Escola Estadual Dep. Alvao G. de Queiroz o Professor : Fabiano Araujo desenvolveu projeto que foi apresentado a toda comunidade no dia 05 (cinco) de setembro do ano de 2013( dois mil e treze) pelos alunos do terceiro ano médio Albertino Clécio N. de Sousa,  Andreza A. de Medeiros, Rubenice da C. Correia ,  Thamires S.de Medeiros  trabalharam o tema: Índice de Câncer  no município de Santo André grupo 1: Pesquisou com 50 famílias residentes no município de Santo André – Paraíba sobre os índices hereditários de câncer  nos últimos anos.

 Foto: Esquerda Thamires , Rubenice , Andreza e Albertino.

 Abaixo segue dados do município de Santo André – PB com relação aos índices de câncer no município o que fica comprovado na apresentação dos alunos que a maioria dos casos foi diagnosticado a partir do ano 2000, e esta apresentação surpreendeu a todos os presentes pela clareza e forma como foi apresentada.



             Lamina da apresentação do grupo em PowerPoint.
         Lamina da apresentação do grupo em PowerPoint.





Atualmente, estamos diante de uma sociedade que vem presenciando inúmeras transformações e avanços no que diz respeito à tecnologia e as suas respectivas particularidades, bem como a estatística, esta que está explicitamente presente no meio social direta ou indiretamente, seja em censos ou em pesquisas científicas, o fato é que a estatística nos permite obter conclusões ou estimativas sobre determinadas causas.

              Nesta situação, o professor de matemática Fabiano Araújo apresentou um projeto para ser desenvolvido e construído juntamente com os alunos do 3º ano do Ensino Médio, cuja proposta central é realizar um estudo científico embasado na estatística.Sabemos, que esta ciência por mais complexa que seja se mostra ser fundamental para conhecermos, entendermos e compreendermos uma determinada problemática, cuja solução pode ser identificada em pesquisas estatísticas. 


            Neste projeto, várias temáticas foram enfatizas e trabalhadas, tais como o índice de casos de câncer hereditários no município, as ocorrências de dengue e virose nos últimos meses, a quantidade de alunos na Escola Álvaro Gaudêncio de Queiroz que têm acesso à internet e entre outros temas, que foram realizados de forma coerente, uma vez que houve a participação, compromisso e inclusão dos estudantes que desenvolveram a pesquisa em determinadas etapas como a coleta, organização e análise de dados e consequentemente a obtenção de uma conclusão a respeito de uma problemática que fora levantada durante a pesquisa.

Com este projeto de estatística, os alunos tiveram a oportunidade de conhecer e ter um contato direto com esta ferramenta que está presente em diversas áreas do conhecimento. 


Em vista do que foi exposto, o projeto de estatística proporcionou aos alunos envolvidos uma vivência com esta ciência, de modo que gerou um engrandecimento no conhecimento intelectual dos estudantes desenvolvendo a capacidade e habilidade de manusear e analisar dados estatísticos. Dessa forma, a desenvoltura do respectivo projeto em questão, foi plausível, pois influenciou todo alunado a lidar racionalmente com circunstâncias sujeitas a incertezas.
Parabéns a todos pelo excelente trabalho, tenho certeza que o sucesso na vida de vocês será questão de tempo. Professor Fabiano