sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Livros digitais chegarão às escolas brasileiras em 2014




Desde 2012, o consumo de livros digitais no Brasil tem crescido muito e rapidamente. O crescimento foi tanto que o Brasil ganhou um capítulo totalmente dedicado a ele no estudo The Global eBook Report 2013, um compilado sobre o status do livro digital no mundo. Não à toa, o estudo também cita a importância do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), o maior programa público global de distribuição de livros para a educação, que agora abriu espaço para incluir os didáticos digitais na Educação Básica.

"O PNLD faz com o que o governo esteja à frente do mercado. As escolas públicas estão adotando esses recursos antes das particulares”, explica Carlos Seabra, Coordenador Técnico Pedagógico da Editora FTD, uma das maiores fornecedoras de livros digitais do país. Em 2014, primeiro ano do programa digital em vigência, o material será entregue para as escolas de Ensino Fundamental e, em 2015, para as de Ensino Médio, com uma versão mais atualizada. Para o ano que vem, no entanto, os recursos ainda serão entregues em um CD-ROM com jogos, infográficos e exercícios interativos. Já em 2015, eles serão entregues em tablets, com os materiais integrados ao livro digital.

Os materiais digitais produzidos hoje no Brasil contam com uma série de recursos, 

chamados de Objetos Educacionais Digitais (OEDs), e são diferentes de uma simples leitura virtual. "Tem gente que acha que PDF é um livro digital e não é”, diz Carlos. Entre os OEDs que estarão disponíveis nos livros distribuídos pela FTD, estarão vídeos, imagens, arquivos em áudio, imagens georreferenciadas e até um recurso de busca por palavras-chave. Com eles, os livros digitais tornam-se ferramentas essenciais de apoio à aprendizagem.

Apesar destes materiais já contarem com boas ferramentas de interação, Carlos espera ainda mais para os próximos anos. "Nós já temos muita coisa, mas um passo futuro é fazer com que esses recursos tragam cada vez mais interação entre os alunos e o professor, como o compartilhamento de anotações, por exemplo”, observa.

O coordenador reforça, ainda, que a capacitação dos professores para o uso desses livros na escola é importante. Mas Carlos lembra que nem todo o dever está nas mãos dos educadores. "É aquela história, o que vem primeiro: o ovo ou a galinha? O que devemos fazer primeiro: capacitar o professor para entregar as ferramentas ou dar as ferramentas e capacitar o professor? Isso tudo vem junto e com o tempo”, afirma Carlos, que também defende que é preciso haver uma formação de 

administradores, gestores escolares e coordenadores pedagógicos para o trabalho com recursos digitais móveis na escola.

https://www.institutoclaro.org.br/blog/livros-digitais-chegam-as- escolas-brasileiras-em-2014/ Fonte: Instituto Claro

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